O ciclista Marcelo Aquino disputa o BikingMan Brazil, uma das provas mais duras do mundo do ciclismo. São 1.000 quilômetros de percurso pelas serras do Sul do país, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com 18 mil metros de altimetria acumulada. Os atletas têm 120 horas para completar o trajeto e precisam se virar sozinhos. Não há carro de apoio, equipe ou ponto de descanso garantido. Cada competidor deve cuidar da própria alimentação, descanso e manutenção da bicicleta. É uma disputa de autossuficiência e resistência, mais mental do que física.
Na mesma linha de superação, o corredor Matheus Lopes participa da Ultra BM, ultramaratona que liga Bertioga a Maresias. São 75 quilômetros de percurso, passando por areia, trilhas e asfalto. A prova é reconhecida pelo alto grau de dificuldade e pelas variações de terreno e temperatura, que exigem preparo físico intenso e concentração constante. Cada corredor precisa administrar energia, hidratação e ritmo para cruzar a linha de chegada dentro do tempo limite.
Enquanto isso, o treinador Alex Briani, que comanda Marcelo e Matheus, leva cerca de 20 alunos da sua assessoria para competir na capital paulista. Eles participam da Athenas Run Longer, corrida de rua organizada pela Iguana Sports, com percursos de 7, 14, 21 e 28 quilômetros. A prova reúne milhares de atletas e é considerada uma das mais bem estruturadas do país, com percursos rápidos e planos ideais para testar desempenho e ritmo.
De uma ponta a outra do Brasil, os rio-pretenses mostram que o esporte vai muito além das fronteiras da cidade. São quilômetros de superação, preparo e determinação que colocam Rio Preto entre os polos de atletas de resistência do interior paulista.
