Corrida por matrículas expõe desafio das escolas em manter relacionamento com famílias
Corrida por matrículas expõe desafio das escolas em manter relacionamento com famílias

Com o fim do ano letivo se aproximando, escolas de toda a região entram na fase mais intensa do calendário: o período de matrículas e rematrículas. É quando gestores e coordenadores sentem o reflexo direto da qualidade do relacionamento construído com as famílias ao longo do ano.
Segundo Solange Pescaroli, especialista em relacionamento e diretora da UMA – Um Movimento para Autoeducação, de Fernandópolis, que atende toda a região, esse é o momento em que a comunicação faz toda a diferença. “Logo depois do feriado, as famílias começam a procurar escola. É uma corrida por vagas, e as instituições que não mantiveram diálogo constante com os pais acabam desesperadas para fechar negócio”, explica.
Mais do que evitar desistências, o foco agora é reconquistar a confiança das famílias e garantir novas matrículas. Solange atua como uma espécie de ponte entre escolas e pais de alunos, ajudando na comunicação, na escuta ativa e na resolução de conflitos. “A gente percebe que muitas escolas chegam a esse momento sem ter feito o dever de casa. Não é um problema de ensino, é de relacionamento. As famílias querem se sentir ouvidas e acolhidas”, afirma.
Nos últimos dias, a especialista registrou aumento nas demandas e já tem reuniões marcadas com diferentes instituições interessadas em rever estratégias de atendimento e engajamento. “É um trabalho de alto risco, porque o tempo é curto. Mas também é uma oportunidade de mudar a forma como a escola se comunica com seus clientes. Relacionamento é gestão”.
Para Solange, o segredo para atravessar o período de matrículas com sucesso está na consistência. " É importante estar presente o ano todo. Quando a escola investe em relacionamento, ela não precisa correr atrás de matrícula em outubro. As famílias permanecem e até indicam a escola porque confiam”.










